Desejo
Quisera ser essa prateada luz da lua
Pra entrar na janela escancarada
E como um raio descer numa enxurrada
E ir surpreendê-la no leito, toda nua!
Quisera ser, esse vento lépido da rua
Pra amaciar a flavidez desalinhada
Dos teus cabelos, ó flor imaculada
No aroma da carne morna, humana e crua.
Quisera nos mistérios mornos do teu seio
Na luxúria viçosa, sugá-lo meio a meio
E usufruir na sensação ardente do nada
Quisera ainda que na fúria pasmada,
na pecaminosa luxúria de terror
fenecer, como o mais feliz pecador.
09-05-60
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